Por Gustavo Campos de Souza*
Quando um profissional ingressa em uma companhia, tudo é absolutamente novo para ele. Desde as principais regras e políticas internas até mesmo a estrutura organizacional e a cultura da empresa. Por isso, o processo de integração dos colaboradores, que também é conhecido como socialização organizacional, trata-se de uma etapa fundamental, que sempre deve ser bem desenvolvida e conduzida pelo Departamento de Recursos Humanos.
Neste processo de admissão dos novos colaboradores é muito importante ir além da burocracia envolvida e da apresentação básica sobre a empresa. O ideal é estabelecer um programa de integração que foque na socialização organizacional, envolvendo o indivíduo no sentimento de pertencimento e acolhimento no novo ambiente, possibilitando que ele crie conexões autênticas desde o começo. Em um processo bem estruturado de admissão de novos funcionários, as ações de integração visam: quebrar as barreiras iniciais (de medo e insegurança), a fim de gerar oportunidades e espaços para interação de forma humana e empática; contribuir para a adaptação no ambiente de trabalho; explicar sobre a cultura da empresa (missão, visão, valores, política interna, comportamentos desejados e aceitos); esclarecer sobre as tarefas, metodologias e ferramentas de trabalho; alinhar as expectativas, objetivos e metas de desempenho; dentre outros pontos importantes de acordo com cada perfil e tipo de empresa.
É muito importante que os novos colaboradores, ao final da sua participação no programa de integração, sintam-se já parte importante do negócio, estando motivados e comprometidos com as tarefas que são esperadas, vestindo a camisa não só da empresa, como também da equipe com a qual ele trabalhará.
Por fim, é necessário destacar que para que um programa de integração dê o resultado esperado, ele deve ser iniciado antes mesmo da chegada do colaborador na empresa, começando na forma como o processo de recrutamento e seleção é conduzido, até o modo como a empresa se comunica e conduz os seus processos. Isto, porque, toda a experiência vivenciada pelo até então candidato, que se transformará no futuro colaborador, interferirá na sua percepção em relação à organização, já que cada detalhe do processo faz toda a diferença.
*Gustavo Campos de Souza é Diretor Executivo da Magna Executive Search